No Candomblé existem 3 principais formas desse culto, que chamamos de nações. Cada nação representa a origem do país ou região do continente africano do qual vieram. Nessas nações temos a presença desse orixá sendo cultuado, há mais de 10 mil anos, fortalecendo a importância dele para todo o candomblé. Na
nação de Ketu, povos que vieram mais da Nigéria, lagos entre outras, é chamado de Iroko; da nação do povo Bantu, que vieram de regiões como Angola e Congo, ele é chamado de Kitembo; na nação de Jeje, que vieram da região do Benin e Gana, ele é chamado de Loko; sendo todos eles associados ao culto desta
divindade à árvore conhecida como Gameleira.
Iroko é o pai da ancestralidade, seja ela de sangue ou espiritual. Iroko faz parte das árvores sagradas do candomblé, foi a primeira a existir na terra e ela tem uma conexão com o Orun (espaço sagrado). Para os povos de terreiro, a referência da localização central delas serve para que eventualmente, se possa levar uma oferenda, realizar um momento de oração aos seus pés, e também pegar algumas folhas para uso litúrgico.
Estas árvores estão com pedido de tombamento como patrimônio cultural de Curitiba e Nacional pelo IPHAN. A solicitação foi realizada e apresentada pela equipe do projeto Lugares de Axé: inventário dos terreiros de candomblé de Curitiba e Região Metropolitana, em conjunto com o Fórum Paranaense de Religiões de Matriz Africana.